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A face oculta

   Não estou escrevendo sobre a face oculta da lua, da qual só existem fotos imprecisas,  feitas, em 1959, pela astronave russa Luna 3,  e, mais tarde, em 1966, pela missão  norte-americana Apolo 8 .  Por isso, não escreverei sobre coisa distante, aleatória,  inacessível.

 

            Também não vou discorrer sobre o clássico “western”,  que pôs em confronto personagens interpretados por  dois dos maiores astros de Hollywood: Marlon Branco e Karl Malden.

            Vou trazer-lhes outra face oculta, aquela que permanece tão oculta como o outro lado da lua, ou a verdadeira personalidade de Dad Langwort (Karl Malden), que, depois de assaltar um banco no México, juntamente com Rio (Marlon Brando), fez com que este fosse preso, ficou com o ouro roubado e virou respeitável  xerife na Califórnia.

            A face visível do nosso Estado, nos últimos três meses, tem sido a da baderna, dos ônibus incendiados e outros atos com que  a criminalidade organizada tenta aterrorizar a população e desafiar a autoridade pública.

            A face oculta que só se fez visível dias atrás, foi a forma paciente pela qual, com o uso de sofisticado sistema de inteligencia policial, o Governo Raimundo Colombo/Eduardo Moreira  identificou os autores dos atentados, prendeu  os seus principais líderes e, com a ajuda do Ministério da Justiça, os deportou  para prisões distantes e de segurança máxima.

            Mas, sem saber da  sigilosa e demorada operação, houve quem visse --  de forma injusta -- fraqueza, omissão e inação no Governo estadual.

            Uma  outra face oculta apareceu recentemente na Revista   “Veja”, que  acaba de publicar uma pesquisa realizada pela Unidade de Inteligência do grupo inglês” Economist”,  avaliando  o desempenho dos Estados brasileiros.

            O  Economist analisou, nos Estados da Federação,  27 indicadores, como infraestrutura, educação, saúde, saneamento, segurança e inovação, apontando São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,  Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, como os  mais preparados para receber esses investimentos internacionais..

Os outros cinco são os Estados mais poderosos do País. O único pequeno, que frequenta esse circulo fechado de excelência, é Santa Catarina!

 Segundo a matéria da “Veja”, “os catarinenses foram o destaque do ranking, ao ultrapassar o Distrito Federal e chegar à sexta colocação, graças aos investimentois em inovação e infraestrutura.”

Mas essa revelação não chegou à grande maioria da população, que também não sabe que, por ações firmes do  Governo estadual, Santa Catarina  já sedia fábricas das italianas Perini, ELN e Azimut-Benetti; das alemãs Bosch, Siemens, SEW, e, agora, BMW; das norte-americanas GM e Brunswick; das coreanas Yudo e Hiosung; da japonesa Takata, e tantas outras.

Na face oculta da realidade catarinense estão muitos  dados de excelência, como os melhor índice nacional de escolaridade, e o mais baixo nível de analfabetismo e de criminalidade, e um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) semelhante ao do Chile!

Para o nosso povo, essa deveria ser a face visível  (e não a face oculta) do nosso Governo!

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